O Brasil reduzido a um covil de bandidos. Esta é a imagem que o jornal inglês The Guardian expõe do país na sua edição digital desta sexta-feira (21/10). A matéria, preconceituosa e de mau gosto, reune três bandidos, de diferentes “ramos do crime”: um traficante de drogas, um traficante de armas e um ladrão de banco. O jornal quis ouvir as expectativas eleitorais dos criminosos sobre as candidaturas de Lula e Bolsonaro.
Em parte, é preciso reconhecer: a pauta dos ingleses é movida pela própria campanha dos dois candidatos neste segundo turno. Ambos dedicaram tempo considerável para acusações mútuas de envolvimento com o crime e criminosos. Bolsonaro disse que Lula era o candidato preferido dos presidiários, Lula acusou Bolsonaro de envolvimento com millicianos e de receber apoio de notórios bandidos.
The Guardian chega à conclusão, portanto, que até os criminosos estão vivendo a polarização entre Lula e Bolsonaro. Os bandidos entrevistados pelo jornal falam da divisão de apoios aos candidatos brasileiros à presidência. Clique aqui e leia a matéria, em inglês, na íntegra.
A palavra que capta o momento no Brasil é divisão, diz o jornal inglês, apontando para as profundas clivagens sociais, religiosas, econômicas e culturais que o voto expôs. Abaixo, a conclusão da conversa com os criminosos:
A palavra que capta o momento no Brasil é divisão, diz o jornal inglês, apontando para as profundas clivagens sociais, religiosas, econômicas e culturais que o voto expôs
“Você tem os pobres votando em Lula e os ricos em Bolsonaro. Você tem negros votando em Lula e brancos em Bolsonaro. Você tem mulheres votando em Lula e homens em Bolsonaro. Você tem evangélicos votando em Bolsonaro e católicos em Lula.”
“Isto”, concluiu, “é um choque de dois Brasis”.
É isso, o rebaixamento da imagem do Brasil é a transformação da eleição em briga de facção e aferição da preferência entre criminosos. A campanha chegou ao fundo do poço?
FONTE:PNB ONLINE
