Interventor fez denúncia crime que resultou na prisão de ex-secretário de Saúde de Cuiabá

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Assessoria
CAMARA VG

A Operação Hypnos, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), na manhã desta quinta-feira (09), para apurar um esquema que desviou mais de R$ 1 milhão da Empresa Cuiabana de Saúde, é resultado de uma denúncia feita pelo então interventor do Governo de Mato Grosso, na Secretaria de Saúde da Capital, Hugo Felipe Lima.

A informação consta na decisão do juiz João Bosco Soares da Silva, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo), que autorizou a deflagração da operação. O ex-secretário da Pasta, Célio Rodrigues, foi preso

 

 

 

“Infere-se dos autos que após a intervenção decretada judicialmente na Secretaria de Saúde Pública do Município de Cuiabá/MT, foi nomeado o então Diretor-Geral Interino da Empresa Cuiabana de Saúde Pública – ECSP, Érico Pereira de Almeida, que encaminhou a Notitia Criminis”, diz trecho de documento ao qual o RepórterMT teve acesso.

 

De acordo com o documento, durante os quase sete dias que o Estado assumiu a Saúde municipal, a equipe descobriu ‘indicativos de irregularidades’ em pagamentos realizados em 2021 para uma empresa ‘a título de fornecimento de medicamento’.

 

“Foram analisados, os documentos fiscais (produtos e serviços) do período de 2020 a 2022, que tinham a ECSP como destinatária de mercadorias ou tomadora de serviços. Da análise realizada, foram identificados inúmeros fornecedores que tinham indicativos de irregularidades”.

 

Foi apontado ainda, que os pagamentos irregulares foram autorizados por Célio e Eduardo Pereira Vasconcelas – que consta no documento como um dos diretores da Empresa Cuiabana.

“Cada uma das notas registradas no sistema da Prefeitura de Cuiabá/MT, Nota de Empenho, Nota de Liquidação e Nota de Pagamento, constam os nomes dos servidores CÉLIO RODRIGUES DA SILVA, na condição de Diretor Geral da ECSP e EDUARDO PEREIRA VASCONCELOS, na condição de Coordenador Administrativo da ECSP, contudo, não consta a respectivas assinaturas. Desta feita, conforme a Autoridade Policial, tais condutas evidenciam uma possível tentativa de se esquivarem de futura reprimenda criminal”.

Além da prisão preventiva de Célio, a Deccor cumpriu seis mandados de de busca e apreensão domiciliar, dois afastamentos cautelares de exercício da função pública e o sequestro de R$ 1.000.080,00 (um milhão e oitenta reais), que recaiu sobre o patrimônio de duas pessoas e da empresa, investigados por suspeita de participação no esquema.

FONTE:REPÒRTER MT.

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