Empresário alvo da PF alega que quebrou celular para esposa não ver ‘conversa com outras mulheres’

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CAMARA VG

Preso pela Polícia Federal na 4ª fase da Operação Curare, o empresário Douglas Castro alegou ter quebrado o próprio celular para que a esposa não soubesse da conversa dele com outras mulheres. O dono da Vip Serviços Médicos era alvo de ordem de busca e apreensão na casa dele, no bairro Nova Chapada, em Chapada dos Guimarães. No entanto, como tentou desobstruir provas, acabou detido em flagrante por embaraçar investigação de infração penal que envolve organização criminosa.Deflagrada no último dia 20 de abril para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão contra investigados por atos de corrupção e lavagem de capitais, envolvendo o desvio de recursos públicos destinados à saúde do Município de Cuiabá, na ordem aproximadamente de R$ 3 milhões.

“Após Polícia Federal anunciar a chegada na casa do conduzido para o cumprimento do mandado, Douglas quebrou o seu aparelho celular no batente da porta e o descartou no vaso sanitário. Em seu depoimento, o conduzido alegou que quebrou e descartou o aparelho celular porque estava com receio de que fosse divulgada para a sua esposa alguma conversa que mantinha com outras mulheres, o que poderia afetar o seu casamento”, consta no auto de prisão.

“Sua justificativa não convence, pois não é comum que mensagens de cunho pessoal armazenadas em celulares apreendidos pela Polícia Federal sejam divulgadas a terceiros. Ao contrário, a Polícia Federal, após a extração forense dos dados do aparelho, destaca apenas as mensagens e demais conteúdos que sejam relacionados à investigação”, acrescenta.

Douglas teve habeas corpus concedido no dia 23 de abril. Na audiência de custódia, o juiz se limitou a homologar o auto de prisão em flagrante, não tendo se pronunciado a respeito do requerimento de prisão preventiva formulado pelo Ministério Público Federal ou a respeito do pedido de liberdade provisória.

“Dessa forma, não havendo decisão judicial a fundamentar a restrição à liberdade do paciente, configurado está o constrangimento ilegal a justificar o relaxamento da prisão. Ante o exposto, defiro o requerimento e determino o imediato relaxamento da prisão, se por outro motivo não estiver o paciente preso”, determinou o a desembargadora federal Maura Moraes.

A Operação

Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, além da efetivação de medidas de sequestro de bens, direitos e valores.

Como se apurou nas fases anteriores da Operação Curare, um grupo empresarial, que forneceu serviços à Secretaria Municipal de Saúde do Município de Cuiabá, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas.

FONTE:OLHAR DIRETO.

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