Agiotas receberam casa de R$ 250 mil após cobrança de dívida de R$ 10 mil, aponta delegado

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Reprodução
CAMARA VG

O delegado da Polícia Civil, Guilherme Bertoli, afirmou que os credores presos pela Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf) envolvidos no crime de extorsão mediante sequestro, se utilizavam da vulnerabilidade das vítimas para cobrar juros abusivos.

Bertoli explicou que mesmo após a vítima pagar a quantia que havia pedido emprestado, o débito não deixava de ser cobrado. Em um dos casos, de acordo com o delegado, a vítima pegou R$ 10 mil de empréstimo e já tinha pagado R$ 28 mil.

Ainda assim as cobranças continuaram, fazendo com que a vítima comprasse dois televisores de 60 polegadas e repassasse para os credores. Não satisfeitos, os criminosos também levaram a vítima a um cartório e obrigaram que o rapaz assinasse um documento abrindo mão da casa dele, de R$ 250 mil, como “pagamento” da suposta vítima.

“Inclusive semana passada foi divulgado também que a vítima havia pegado R$ 10 mil emprestado, já tinha pagado R$ 28 mil, comprado dois televisores de 60 polegadas, e os criminosos ainda queriam que ela, levaram ela num cartório, assinaram um documento, queriam a casa dele no valor de R$ 250 mil”, revelou.

“Então, assim, mesmo a vítima pagando a quantia com os juros abusivos, como os criminosos vinham vulnerabilidade, eles não paravam de cobrar, eles começavam a cobrar diariamente os juros abusivos”, disse o delegado.

Bertoli ainda afirmou que as ameaças também eram estendidas aos familiares das vítimas. Os criminosos se utilizavam das informações coletadas dos parentes para subornar os envolvidos.

A operação

Os empresários Rafael Geon e Bruno Rossi são apontados como os mandantes da ação para cobrar o devedor e foram presos nesta quarta-feira (20).

Outros quatro suspeitos estão sendo procurados, sendo eles: Sergio da Silva Cordeiro, Jose Augusto de Figueiredo Ferreira, Benedito Luiz Figueiredo Campos e Guilherme Augusto Ribeiro.

Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços em Cuiabá.

 

Fonte: Olhar Direto

 

 

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