O delegado Edison Pick afirmou que a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, acusada de ser a mandante do assassinato do advogado Roberto Zampieri, planejava uma fuga para fora do Brasil.
O homicídio de Zampieri ocorreu no dia 5 de dezembro, em Cuiabá. Maria Angélica foi presa na quarta-feira (20) na cidade de Patos de Minas (MG). A suposta mandante do crime chegou na Capital no início da tarde deste sábado (23).
Em coletiva à imprensa, o delegado explicou que Maria Angélica já era tratada como suspeita por estar envolvida em uma disputa agrária em que Zampieri atuava. No entanto, ela só foi presa após uma denúncia anônima.
“No decorrer das investigações chegou uma denúncia anônima de que Maria Angélica estaria vendendo a fazenda dela a qualquer preço para ir embora do Brasil”, disse.
“Com essas informações a gente pediu ao judiciário a prisão temporária dos três e a busca e apreensão”, completou.
A empresária foi abordada enquanto estava em um posto de gasolina. A Polícia Civil de Minas Gerais estava em campana e no momento oportuno fez a aproximação.
Com ela não foi encontrado nada que denunciasse uma tentativa de fuga, porém, o delegado identificou certo receio na suspeita.
“O passaporte dela estava vencido. Ela foi encontrada na cidade, mas isso não quer dizer que não fosse fugir. Obviamente pelo que a gente viu ali e as informações dos policiais que efetivaram a prisão, ela já estava preocupada em ser presa”, disse.
Próximos passos
Em conversa com a Polícia Maria Angélica não confessou ter mandado executar o advogado, porém as investigações colheram indícios suficientes para decretar a prisão preventiva da empresária.
Segundo Pick, a ação é fundamental para que a Polícia Civil de Mato Grosso possa concluir as investigações nos próximos 30 dias.
“Agora que nós vamos fazer a ligação entre os investigados. Todos já passaram por audiencia de custódia em Minas Gerais, agora vão passar por exame de corpo e de delíto e serão encaminhados para os presídios”, disse.
Maria Angélica ficará detida no Presídio Maria do Couto. Hedilerson Fialho Martins Barbosa, intermediário do crime e Antônio Gomes, executor do assassinato, serão levados para a Penitenciária Central.
