Estudantes da rede estadual conhecem a estrutura da Justiça Eleitoral

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Cerca de 125 estudantes da rede estadual de educação conheceram, nesta terça-feira (15.08), a estrutura da Justiça Eleitoral, presenciaram uma sessão plenária, conheceram o depósito de urnas e o funcionamento delas e o Memorial da Justiça Eleitoral.

A visita fez parte do Programa Voto Consciente, desenvolvido em escolas públicas de Cuiabá e Várzea Grande pela Escola Judiciária do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), que tem como objetivo estimular a consciência cívica em jovens do ensino médio, fortalecer princípios éticos e incentivar a participação política livre, democrática e consciente.

Neste ano, participam da iniciativa as Escolas Estaduais Estevão Alves Correia, Profº Heliodoro Capistrano, Cleinia Rosalina Souza, da capital, e Irene Gomes de Campos e Elmaz Gattas Monteiro, de Várzea Grande.

O diretor-geral do TRE-MT, Nilson Bezerra, explica que o programa é uma parceria entre o Tribunal e a Secretaria de Estado de Educação, Esporte e Lazer (Seduc). “A ideia é permitir que alunos vivenciem todo o processo eleitoral, ou seja, desde a etapa de escolha dos candidatos, o que seriam as convenções, até a etapa final de diplomação, passando pelos debates, pela eleição e pela conversa com os eleitores”, afirmou.

Bezerra ressalta que o TRE-MT utiliza o programa para que os alunos discutam as políticas públicas dentro da escola, com relação a temas como meio-ambiente, diversidade, saúde e educação. “Os assuntos são levados para as salas de aula e, a partir das discussões, surgem ideias para melhorar inclusive o ambiente escolar”.

Para o estudante João Vitor Marchiolo, 17 anos, da EE Estevão Alves Correia, o projeto desperta nos jovens o interesse por assuntos comuns à comunidade. “O ensino médio é um tempo em que os alunos descobrem muitas coisas sobre si mesmos e, com o programa, acabam desenvolvendo interesse também pela política e percebendo que ela não é feita só de coisas ruins, como vemos na televisão. A política é bem mais ampla do que pensamos”.

Ele garante que após o início do programa na unidade escolar os estudantes decidiram implantar um grêmio estudantil. “Começamos a ter interesse em agir mais, em ser protagonistas e não apenas expectadores”.

Peterson Padilha, 18 anos, da EE Heliodoro Capistrano, concorda que o programa é amplo e que transmite bastante conhecimento. “Poucas pessoas se preocupam com a política, atualmente. Conhecendo como funciona, podemos propor mudanças e soluções para nosso país e nossas comunidades e, principalmente, como escolher nossos representantes por meio do voto consciente”.

O aluno, que faz parte do Partido do Respeito e da Diversidade, lembra que um dos pontos importantes é a comunicação entre a comunidade escolar. “Entre as ações, desenvolvemos palestras de conscientização. Falamos sobre o respeito, como devemos nos comportar com relação aos outros e às diferenças”.

Laura da Luz, 17 anos, da EE Elmaz Gattas, diz que o projeto despertou o interesse dos colegas, que buscaram conhecer melhor a política. “Meu partido discute ética e cidadania. Mostramos que pequenos atos podem colaborar com a nossa formação, principalmente nas aulas de filosofia. A nossa geração é a que vai influenciar e mudar a política”, afirma.

Ações

A cada ano, cinco escolas são escolhidas para receber o programa Voto Consciente. Cada escola elege 25 alunos do ensino médio, que se dividem em grupos de cinco membros. Cada grupo representa um partido e as siglas partidárias já são definidas pelo programa. São eles: PEMA (Partido da Educação e do Meio Ambiente), PEC (Partido da Ética e Cidadania), PCEL (Partido da Cultura, do Esporte e Lazer), PRD (Partido do Respeito às Diversidades) e PDVS (Partido do Direito à Vida e à Saúde).

Sob a orientação do TRE, os alunos reproduzem, nas eleições não oficiais realizadas nas escolas, todas as etapas de uma eleição oficial, como registro de candidatura, campanhas eleitorais, eleição em urnas eletrônicas e diplomação dos partidos eleitos. Em cada fase do processo, eles aprendem um pouco da legislação eleitoral vigente, assim como absorvem conceitos vinculados à democracia, representatividade, respeito ao próximo e preocupação com a coletividade.

Em sete anos (2011 a 2017), o projeto já beneficiou alunos de 35 escolas públicas de Cuiabá e Várzea Grande.

O diretor-geral do TRE-MT, Nilson Bezerra, lembra que a intenção da instituição, em parceria com o secretário de Educação, Esporte e Lazer, Marco Marrafon, é de ampliar o escopo, inclusive para o interior do Estado. “Estamos discutindo essa possibilidade e permitir, assim, que mais escolas participem da iniciativa”.

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